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O que é, afinal, um “Projeto UAU”?

Em qualquer empresa, independente do seu tamanho, a divisão do trabalho em áreas e responsabilidades específicas e a rotina do dia-a-dia fazem com que as pessoas tendam a se isolar dentro de seus “mundinhos” particulares. Não significa que não trabalhem em grupo, mas o trabalho em time vem só “depois que eu resolver meus problemas”.

O “Projeto UAU” é o nome que a PIQUINI escolheu para denominar aquele projeto que, construído a partir de uma ideia catalizadora, envolve e engaja todos os membros da equipe em torno de um objetivo comum e indivisível. De tal forma que ele vem antes dos problemas e interesse individuais. “Primeiro o Projeto UAU, depois minha área.”

Um “Projeto UAU” é agregador e equalizador. As cercas dos jardins desaparecem e todos podem passear sobre os gramados dos vizinhos. O responsável pela publicidade pode opinar sobre a as ações de RP, o RP pode sugerir pautas para o pessoal da assessoria de imprensa, que por sua vez pode oferecer muitas sugestões para o pessoal da publicidade e assim por diante. Sua idealização é coletiva, tanto quanto possível.

Parte-se de um objetivo definido. Por exemplo: fazer sanduíches para a moçada. Só que a receita deve levar em consideração a opinião de todos que vão come-lo, antes mesmo de se começar a fatiar o salame em rodelinhas. É preciso discutir qual pão será usado, quais condimentos e complementos serão incluídos, se levará queijo, quantas unidades devem ser feitas, como será servido. E até seu nome de batismo é definido desta forma. A discussão deve ser livre e solta. Mas deve terminar em acordo.

E ela se encerra com o briefing do sanduíche, que é o segredo do “Projeto UAU”. A partir de um direcionamento preciso (precisamos construir um sanduiche, em um determinado tempo, com um determinado custo), promove-se um brainstorming feroz, vivo, participativo, que funciona como uma catarse de interesses e visões e desejos coletivos que precisam ser afunilados em uma “receita de consenso”. Esse é o segredo: quando ela for escrita, todos vamos salivar conjuntamente na expectativa de saborear o “sanduba”.

E então, e só então, o projeto começa a ser definido em seus detalhes operacionais. Como não há mais discussão sobre “o que fazer”, resta o “como” fazer. Definem-se, então, as tarefas de cada um no processo, e aí entram as especializações de cada um. E cada um sabe exatamente o que tem de fazer, em que tempo e em que encadeamento sequencial entre sua área e as demais. As responsabilidades são conhecidas e compartilhadas. E cobradas de lado a lado, com respeito ao profissional, mas, especialmente, em respeito ao projeto coletivo.

O “Projeto UAU”, assim, é um sanduíche imaginado, concebido e degustado coletivamente. Todos com o mesmo pensamento, com a mesma fome e, concluída a coisa toda, com a mesma satisfação compartilhada. Ao partirem para a realização, o pensamento coletivo deve ser: “Quero que seja o melhor sanduíche que já comi na vida”.


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