É importante saber aonde se quer chegar | Histórias do Piquini
- Marco Piquini
- há 6 dias
- 2 min de leitura

Cuidado, atenção aos detalhes, proximidade. Essas foram as principais lições que trouxemos do Chile, onde eu e minha mulher passamos nossas férias este ano, acompanhados por um casal amigo muito querido.
Santiago, as vinícolas, a casa do Neruda em Isla Negra, Valparaíso, Viña del Mar e o Deserto do Atacama — em todos esses lugares nos sentimos “os maiorais” pelo acolhimento que recebemos.
Todos os que nos atenderam (agências, guias, funcionários de hotel, motoristas, garçons...) o fizeram com cortesia. Mais ainda: todos se mostraram preocupados em ir além do combinado.
Foi avisado que um de nós tem intolerância à proteína do leite — e sempre havia uma opção adequada no menu. Celebrando 45 anos de casamento? Esse detalhe, comentado “de passagem” durante a fase das reservas, transformou-se em uma champagne geladinha para uma celebração mais que especial em meio à paisagem deslumbrante do Vale do Arco-Íris, primeiro passeio que fizemos no deserto. Uma lição de como receber bem.
Hotéis limpos. Todos cumprindo os horários combinados. Todos respondendo aos nossos “buenos dias”. Todos se esforçando para falar português! Um padrão de gentileza constante, sem esquecer o foco no trabalho: um de nossos guias chamou a atenção — de forma suave — de uma pessoa que passeava fora do caminho permitido.
Ao visitarmos uma vinícola, o guia da casa fez perguntas típicas de benchmarking para saber se havíamos recebido tratamento melhor na vinícola anterior.
Nossos guias no deserto tinham formação superior (engenheiros, biólogos, advogados...), mas todos confessaram preferir o trabalho em contato com a natureza — que no Atacama é de outro planeta, a propósito. E trabalham com prazer: absorvemos como esponjas o fluxo de informações sobre clima, geologia, biologia, história, costumes e muito mais que eles nos contaram.
Ficou evidente que havia algo além da espontaneidade. Era um grande plano por trás de tudo: um entendimento compartilhado, uma visão de futuro comum. Eles sabem aonde querem chegar.
É como um sentimento coletivo: todos parecem se esforçar para fazer do Chile um destino turístico de primeira linha. Pode ser que nem todos os turistas experimentem o mesmo tratamento, mas apostamos que esses casos são exceção.
Não foi surpresa descobrir, já de volta ao Brasil, que o Chile faturou cinco prêmios na categoria América do Sul no World Travel Awards 2025:
Melhor Destino de Turismo de Aventura
Melhor Destino Romântico (Deserto do Atacama)
Melhor Destino Verde
Melhor Destino de Natureza
Melhor Destino de Cruzeiros
Mais do que reconhecimento, esses prêmios comprovam que o país age em torno de uma visão integrada e coerente.
E é aqui que a experiência se transforma em lição para o mundo corporativo. Empresas que comunicam bem são como o Chile que vimos: cada pessoa entende seu papel para o sucesso coletivo. Quando há propósito, visão e comunicação estratégica, todos se movem na mesma direção — e os resultados aparecem naturalmente.
Porque, no fim das contas, tanto para empresas quanto para pessoas, é importante saber aonde se quer chegar.
Este artigo integra a editoria “Histórias do Piquini”, com reflexões sobre propósito, cultura e visão estratégica nas organizações.Para conversar sobre como fortalecer a visão da sua marca, fale com o Piquini.









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