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UMA OPORTUNIDADE PARA OS COMUNICADORES - A BOA NOTÍCIA – Parte 02/04


A BOA NOTÍCIA

Em nosso último post, refletimos sobre a dificuldade dos comunicadores de ganhar status e relevância no mercado, parte por falta de entendimento da área, parte pela nossa dificuldade de apresentação (se você chegou agora, confira o nosso último post). Temos chance de mudar essa situação? Sim, e a oportunidade é agora. Por vários motivos, a maioria deles externos à nossa área, mas determinantes no contexto global e que podem nos ajudar em um trabalho de reposicionamento profissional.

O mundo está mudando. O que era certo ontem, não o é mais hoje, e pode ser outra coisa diferente amanhã. Vivemos um ambiente de constantes “revoluções” econômicas e sociais.

Com a globalização e a digitalização, as barreiras econômicas e as fronteiras geográficas estão diminuindo. Enquanto pode trazer benefício para consumidores, com a ampliação da oferta de produtos e serviços, a maior competição aumenta o grau exigência para os produtores. Esse contexto econômico pode ter reflexos políticos e sociais, alguns conflituosos, cujo maior exemplo talvez seja o fenômeno da imigração em massa que afeta a Europa, os EUA e até o Brasil, com o recente caso da chega de refugiados venezuelanos. Essa instabilidade traz, com ela, o medo e a insegurança.

A transformação digital, por sua vez, mudou a forma do mundo se comunicar. Temos acesso antes inimaginável à informação, por meio de uma difusão caótica, desestruturada, sem padrões predeterminados de origem, critério ou qualidade. Enquanto isso, as mídias sociais promoveram a interconexão ilimitada entre pessoas e grupos de pessoas, divididas e depois reunidas por áreas de interesse ou preferências diversas, com a ajuda de poderosos algoritmos.

O resultado é uma sociedade com mais acesso à informação, mas nem por isso mais bem informada (e, com certeza, mais polarizada). Algumas tendências começam a ganhar terreno.

Vivemos hoje sob a força do politicamente correto. Somos vítimas das fake news. Assistimos ao aumento da consciência sustentável. Podemos experimentar, já hoje, a exigência social por maior transparência no relacionamento entre governos e cidadãos, entre empresas e comunidade. Os consumidores estão mais preparados e municiados para exigir seus “direitos”, reais ou pretendidos.

Esse conjunto de circunstâncias, que coloca o ser humano no centro de todas as perguntas, gera situações de grande complexidade para organizações e empresas que, acostumadas a administrar “friamente” (números, planilhas...) de repente, se veem diante de situações difíceis de serem administradas se não compreenderem a mudança em curso e continuarem utilizando ferramentas e métodos antigos de análise e gestão. É preciso pensar e agir diferente.

E é nesse “vácuo” de respostas que surge uma oportunidade para o reposicionamento da Comunicação.

Porque nesse ambiente mutante, instável e de situações complexas, as novas alternativas de gestão exigem, entre outras coisas, aquilo que os estudiosos do comportamento corporativo e social batizaram de “soft skills”. Estão relacionadas com a inteligência emocional, a visão transversal, a comunicação interpessoal, o pensamento adaptativo, a empatia, o trabalho em equipe. São as habilidades comportamentais e competências subjetivas mais familiares à “turma de humanas”, necessárias para o melhor entendimento do ambiente e das relações entre pessoas dentro de organizações.

O caráter transversal da comunicação (“vemos o ambiente de trabalho como um todo, lateralmente”), é hoje fundamental. As organizações estruturadas em “torres” hierárquicas de comando já não conseguem reagir com velocidade às demandas da mudança. É preciso promover o entendimento entre as áreas. Isso significa, antes de tudo, comunicação entre essas áreas, seja na forma de procedimentos organizativos (que podemos ajudar a construir), seja por meio da simples e boa comunicação interpessoal, que podemos promover.

Sem esquecer que a digitalização da comunicação pede novos requisitos técnicos muito ligados à nossa área de especialização.

Mas para aproveitarmos essa oportunidade precisamos rapidamente nos adequar a esse novo mundo que nos rodeia. Como? Veremos como isso é possível em nosso próximo post. Não perca!


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