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Comunicadoras brasileiras devem se posicionar globalmente


Comunicadoras brasileiras devem se posicionar globalmente


Existe uma falsa impressão de que na área de comunicação corporativa as mulheres dominam. De fato, as estatísticas da Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação) indicam que 65% dos profissionais da área em atuação no país são mulheres. É a mesma proporção descoberta por uma pesquisa mundial realizada pela Global Women in Public Relations (GWPR), entidade baseada em Londres e que reúne executivas de relações públicas de todo o mundo.


Mas ser maioria não significa poder para as mulheres. Segundo a pesquisa da GWPR, 64% das diretorias das agências de comunicação mundiais são lideradas por homens. Mais: 14% das empresas possuem diretorias exclusivamente masculinas, em 49% das empresas, os homens são maioria entre os diretores. Em 29% das agências, a direção é dividida igualmente entre homens e mulheres, enquanto em 7% delas as mulheres são maioria e em apenas 2% os “boardrooms” são formados exclusivamente por mulheres diretoras.


A pesquisa da GWPR, que ouviu quase 400 profissionais de comunicação no mundo, entre eles 15% homens, vai além. Mostra que para 80% dos entrevistados, mulheres na direção das empresas melhoram as práticas corporativas, porque agregam uma visão ampliada ao negócio e das questões sociais mais prementes hoje. Para 79% dos entrevistados, a criatividade melhora quando há mulheres no comando. E para 72%, mulheres na direção aumentam a eficiência da empresa.


A presença feminina na direção de empreendimentos de qualquer tipo tende a crescer devido à força do movimento de empoderamento feminino. E, segundo a pesquisa, é uma tendência autossustentável, já que o fator de maior impacto no estímulo para que mulheres lutem para conquistar posições de comando vem, exatamente, dos exemplos bem-sucedidos daquelas vencedoras que chegaram lá.


No Brasil, a presença das mulheres na comunicação corporativa é muito visível. E embora não tenhamos estatísticas tão aprofundadas a respeito do poder que elas exercem na área, é razoável imaginar que nossa realidade espelhe a realidade mundial apresentada pela GWPR.


Por isso, no Dia Internacional da Mulher, fica aqui uma sugestão às mulheres fortes da comunicação corporativa brasileira: ocupem seus lugares nessas organizações mundiais. Não há nenhuma brasileira no board da GWPR, por exemplo. E o Brasil não está da lista de 9 países já participantes da entidade, nem entre os cinco outros que se preparam para fazer parte na organização.


É um espaço a ser ocupado e que faria justiça não só ao número significativo de excelentes profissionais femininas de nossa comunicação corporativa, mas também à qualidade do trabalho dos comunicadores corporativos brasileiros como um todo.


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